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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"A Física explica a maior força que existe: Deus"

Através de leis da física e da filosofia, pesquisador polonês Michael Heller mostra que Deus existe e ganha um dos mais cobiçados prêmios. Ele montou a sua metodologia a partir do chamado “Deus dos cientistas”: o big bang, a grande explosão de um átomo primordial que teria originado tudo aquilo que compõe o universo.

Como um seminarista adolescente que se sente culpado quando sua mente se divide, por exemplo, entre o chamamento para o prazer da carne e a vocação para o prazer do espírito, o polonês Michael Keller se amargurava quando tentava responder à questão da origem do universo através de um ou de outro ramo de seu conhecimento – ou seja, sentia culpa.

Ocorre, porém, que Keller não é um menino, mas sim um dos mais conceituados cientistas no campo da cosmologia e, igualmente, um dos mais renomados teólogos de seu país. Entre o pragmatismo científico e a devoção pela religião, ele decidiu fixar esses seus dois olhares sobre a questão da origem de todas as coisas: pôs a ciência a serviço de Deus e Deus a serviço da ciência. Desse no que desse, ele fez isso.

O resultado intelectual é que ele se tornou o pioneiro na formulação de uma nova teoria que começa a ganhar corpo em toda a Europa: a “Teologia da Ciência”. O resultado material é que na semana passada Keller recebeu um dos maiores prêmios em dinheiro já dados em Nova York pela Fundação Templeton, instituição que reúne pesquisadores de todo o mundo: US$ 1,6 milhão.

O que é a “Teologia da Ciência”?
Em poucas palavras, ela se define assim: a ciência encontrou Deus. E a isso Keller chegou, fazendo- se aqui uma comparação com a medicina, valendo-se do que se chama diagnóstico por exclusão: quando uma doença não preenche os requisitos para as mais diversas enfermidades já conhecidas, não é por isso que ela deixa de ser uma doença. De volta agora à questão da formação do universo, há perguntas que a ciência não responde, mas o universo está aqui e nós, nele. Nesse “buraco negro” entra Deus.

Com repercussão no mundo inteiro, o seu estudo e sua coragem em dizer que Deus rege a ciência naquilo que a ciência ainda tateia abrem novos campos de pesquisa. “Por que as leis na natureza são dessa forma? Keller incentivou esse tipo de discussão”, disse a ISTOÉ Eduardo Rodrigues da Cruz, físico e professor de teologia da PUC de São Paulo.

Keller montou a sua metodologia a partir do chamado “Deus dos cientistas”: o big bang, a grande explosão de um átomo primordial que teria originado tudo aquilo que compõe o universo. “Em todo processo físico há uma seqüência de estados. Um estado precedente é uma causa para outro estado que é seu efeito. E há sempre uma lei física que descreva esse processo”, diz ele. E, em seguida, fustiga de novo o pensamento: “Mas o que existia antes desse átomo primordial?”

Essas questões, sem respostas pela física, encontram um ponto final na religião – ou seja, encontram Deus. Valendo-se também das ferramentas da física quântica (que estuda, entre outros pontos, a formação de cadeias de átomos) e inspirando-se em questões levantadas no século XVII pelo filósofo Gottfried Wilhelm Leibniz, o cosmólogo Keller mergulha na metáfora desse pensador: imagine, por exemplo, um livro de geometria perpetuamente reproduzido.

Embora a ciência possa explicar que uma cópia do livro se originou de outra, ela não chega à existência completa, à razão de existir daquele livro ou à razão de ele ter sido escrito. Keller “apazigua” o filósofo: “A ciência nos dá o conhecimento do mundo e a religião nos dá o significado”. Com o prêmio que recebeu, ele anunciou a criação de um instituto de pesquisas. E já escolheu o nome: Centro Copérnico, em homenagem ao filósofo polonês que, sem abrir mão da religião, provou que o Sol é o centro do sistema solar.

Fotos de nebulosas obtidas do telescópio espacial Hubble

Michael Keller usou algumas ferramentas fundamentais para ganhar o tão cobiçado prêmio científico da Fundação Templeton. Tendo como base principal a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, ele mergulhou nos mistérios das condições cósmicas, como a ausência de gravidade que interfere nas leis da física. Como explicar a massa negra que envolve o universo e faz nossos astronautas flutuarem? Como explicar a formação de algo que está além da compreensão do homem? Jogando com essas questões, que abrem lacunas na ciência, Keller afirma a possibilidade de encontrarmos Deus nos conceitos da física quântica, onde se estuda a relação dos átomos. Dependendo do pólo de atração, um determinado átomo pode atrair outro e, assim, Deus e ciência também se atraem. “E, se a ciência tem a capacidade de atrair algo, esse algo inexoravelmente existe”, diz Keller.

“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos”
Salmo 19:1


9 comentários:

away disse...

gostei, mas fiquei curioso pra saber da tal teoria!


;)

maiara disse...

É difícil acreditar num mundo tão perfeito,regido por regras tão perfeitas, sem ter uma mente criadora por trás. Tenho certeza que quando nós tivermos o entendimento mais profundo do universo(seja pela teoria das cordas ou não) será então revelado que nada poderia existir sem as mãos criadoras de um DEUS perfeito. muito bom!!

Maiara Pereira.

Encontro das Mentes disse...

Deus existe?

Esta é uma das perguntas mais enigmáticas que o ser humano já fez a si mesmo. Quando nos encorajamos a fazer esta pergunta devemos nos despir de todas as nossas tolices, preconceitos, vaidades, e temos que colocar o nosso senso crítico a dominar em nosso pensamento.

Afirmar que Deus existe, ou não, exige de nós algo tão purificado que poderia dizer que não cabem, ao menos por enquanto, a nós, seres humanos. Mas é uma questão que podemos perscrutar já que ao menos somos possuidores de inteligência, por mais limitada que seja, como os fundamentos das ciências da mente nos respondem.

Quando mostramos algo estamos, por assim dizer, afirmando, e por conseqüência, querendo provar algo. Em outras palavras, estamos tentando convencer alguém, ou um conjunto de “alguéns”, que a nossa afirmação é verdadeira e passível de prova. Quando conseguimos tal feito, o de convencer alguém, podemos então relaxar e se sentir aliviado pelo trabalho de querer provar. Mas será que provamos? O que é provar dentro deste paradigma?

Quando “Michael Heller mostra que Deus existe” ele tem um desejo enorme de querer convencer alguém de que suas afirmações são provas. No que ele se baseia? Na sua teoria “Teologia da Ciência”? E o que é teoria? Todo cientista parte de que “só sei que nada sei”. É uma virtude chamada humildade. Desde que o homem passou a explorar o ambiente em que vive muitos modelos passaram a explicar o desconhecido. A Ciência trabalha, pois, a partir de modelos. Os modelos nada são que verdades na história, verdades não absolutas, verdades passíveis de mutação. A Ciência trabalha não em dogmas, mas sim em busca. Com tudo isso quero dizer que Michael Heller, ao apresentar sua teoria, esta se baseando em um modelo, ele sabe disso.

...

Encontro das Mentes disse...

continuando...

A base da “Teologia da Ciência” é demasiadamente frágil, como podemos já encontrar na história da humanidade. Antigamente, Deus estava na floresta. Os homens foram para a floresta e Deus foi para a caverna. Os homens foram para a caverna e Deus foi para as montanhas. Os homens foram para a montanha e Deus foi para o céu. Os homens foram para o céu e Deus foi para o espaço. O homem foi para o espaço e Deus foi para outra dimensão. Hoje essa teoria diz que Deus esta no desconhecido. E o ciclo continua, a rivalidade entre a Religião e a Ciência vai adiante, e talvez para toda a eternidade. Se Michael Heller ao menos apresentasse uma base mais sólida...

Como físico tomo a liberdade de corrigir esta afirmação: “...o big bang, a grande explosão de um átomo primordial que teria originado tudo aquilo que compõe o universo.”. Não, erradíssimo! Existe uma grande diferença de um átomo e de um ponto infinitamente pequeno. Átomo já é matéria, e muito, mas muito maior que um ponto. Em síntese, a Teoria do Big Bang (grande explosão) afirma que o universo surgiu a partir de um ponto infinitamente quente, sobre o qual se fundamenta toda a evolução do universo. Mas o que havia antes desse ponto? Deus? E quem criou Deus? Como ele se formou? Afinal de contas, quem é Deus (se é que existe)? Essas são perguntas enigmáticas.

“...imagine, por exemplo, um livro de geometria perpetuamente reproduzido.
Embora a ciência possa explicar que uma cópia do livro se originou de outra, ela não chega à existência completa, à razão de existir daquele livro ou à razão de ele ter sido escrito. Keller “apazigua” o filósofo: “A ciência nos dá o conhecimento do mundo e a religião nos dá o significado”. Este trecho do texto resume tudo: Deus é questão de fé. Embora a Ciência não explique o significado da existência do livro, ela nos mostra o caminho da sua utilização. Explicar é fruto do endagamento, e endagar é o que os cientistas fazem.

Para encerrar e dar oportunidade de resposta, digo que achei o texto horrível, muito superficial, demasiadamente fácil de ser contestado. A questão “existir Deus” é, como já deixei claro acima, um mistério, e talvez nunca cheguemos a uma resposta acabada finalizando o tema. Tenho boas razões para não acreditar em Deus, ou deuses, mas não é por isso que tomo minhas evidências como provas, e tampouco as uso para tentar converter as pessoas. Acho que o autor poderia ser mais leve, sorrir em meio ao choro.

Forte abraço e desculpe os disparates, se assim achar

Faça-nos uma visita e sinta-se a vontade para criticar (encontrodasmentes.blogspot.com). Sugiro que leia um texto postado, extraído do livro “Pálido Ponto Azul”, de Carl Sagan, um dos mais consagrados astrônomos e divulgador científico de todos os tempos.

Ass:Tiago Reis

Encontro das Mentes disse...

Oi Victor,

confesso que fiquei surpreso, achei que era um fanático religioso, como muitos que me abordam. Talvez por isso meu comentário pareceu irônico, desculpe. Voce mostrou maturidade, parabéns.

Bem, estou disposto a conhecer mais a fundo a teoria. Voce tem algum arquivo em que possa me enviar para minha análise?

Na minha opinião, veja minha opinião, os cientistas não devem se posicionar, usar de crença, nesta questão tão enigmática, nem que tal criador existe nem que não existe. As respostas virão, ou não. O que resta é cuidar da nossa casa.

Bem, aguardo retorno meu caro
Abraços
Tiago

Danelichen disse...

Olá Thiago

A minha intenção é justamente essa, não pragmatizar a religião, mas sim ser um divugaldor da ciência. Não partimos defendendo nosso credo, ou dogma, apenas facilitamos o conhecimento cientifíco observando as evidências teológicas, filosóficas e bíblicas. Estarei lhe enviando em breve mais a fundo da "Teologia da Ciência", é normal sua visão a respeito do assunto tendo em vista ser algo novo no meio acadêmico.

Att.

Abraços

oryon carvalho disse...

SIm como eu posso deixar de acreditar em alguem que ganhou um dos maiores prêmios de ciência que existe na onde é o berço do ocidente e de tantas outras bases científicas e filosóficas,pra acreditar num cético ateista brasileiro, que fica em cima do muro cheio de dúvidas,algo que um crítico não pode ter, ou acredita ou não, não podemos ter dúvidas em afirmar nossas convicções,ou ta com medo da verdade?De estar errado. Talvez um ateista convença que Deus não existe quando ganhar um prêmio internacional,simétricamente comparavel ao mesmo de heller nesse mesmo contexto e abordagem enquanto isso,fique em cima do muro mesmo porque a consciência universal é realmente Deus,a maioria sente que existe algo e esse algo ja foi explicado pelos seus intermediarios,maomé,buda,Jesus e etc.Não se preoculpe Jesus te ama,se vcs ateus querem acreditar no fim eterno problema é seus,ja eu terei sempre vida pela base de minha alma.

romildson disse...

Olá. Gostaria de saber o ISSN da pesquisa realizada e a instituição acadêmica aonde foi elaborado o artigo científico em questão. Toda divulgação de pesquisa científica realizada de acordo com o método científico deve ter a identificação e as fontes necessárias para que se possa exigir alguma credibilidade de seus leitores. Grato…

COMUNHÃO ASSEMBLEIANA disse...

O "deus" da Metafísica de Aristóteles não é o mesmo Deus das Escrituras. Confundir metafísica com Escritura tem sudo o grande problema hermenêutico do cristianismo desde o inicio da fé crista. Tel (61) 81614316 - Lançamento: Bíblia sem Véu - o Deus bíblico não é aristotélico.

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