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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

“Homens como arvores que andam”



Texto áureo: Marcos 8.22-26
E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.
E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam.
Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu cada homem claramente.
E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.

Pontos
  • O cego não morava na aldeia, mas passava a maior parte do seu tempo lá. 
  • Ele foi levado até Jesus por alguns homens 
  • Jesus o retirou da aldeia para realizar o milagre
  • Primeiramente cuspiu em seus olhos
  • O milagre pareceu incompleto porque o homem passa a ver homens como árvores   
  • Jesus passa as mãos nos olhos do cego e o faz olhar para cima    
  • O cego tinha o costume de andar de cabeça baixa   
  • Após ser tocado por Jesus e olhar para cima: “viu cada homem claramente”
  • Ao realizar o milagre Jesus ordena que o homem não retorne para aldeia
Sobre a aldeia de Betsaida:
• Jesus costumava orar nesta cidade Mc 6:45
• Aconteceu o milagre da multiplicação dos pães e peixes Lc 9:10
• Os habitantes desse lugar eram incrédulos Mt 11:21

·        Betsaida

Betsaida é conhecida por ser o local do nascimento de três dos apóstolos - Pedro, André e Felipe. O próprio Jesus visitou Betsaida e lá fez vários milagres (S. Marcos 8:22-26; S. Lucas 9:10).
Et-Tel, o outeiro identificado como sendo a antiga Betsaida, localiza-se num contraforte basáltico ao norte do Mar da Galiléia, perto do ponto em que o Rio Jordão nele se despeja. O tel cobre cerca de 81 hectares e ergue-se a uns 30 m por sobre um vale fértil. Estudos geológicos e geomorfológicos mostram que, no passado, este vale era parte do Mar da Galiléia. Uma série de terremotos causaram o acúmulo de aluvião, criando o vale e fazendo retroceder a costa setentrional do Mar da Galiléia. O resultado deste processo, que continuou até o período helenístico, foi que Betsaida, construída originalmente na costa do Mar da Galiléia, acabou ficando situada cerca de 1,5 km ao norte da praia.
O nome Betsaida significa "a casa da caça" em hebraico. A identificação de Et-Tel como sendo o sítio mencionado no Novo Testamento foi proposta já em 1838 por Robinson, mas não foi aceita pela maior parte dos pesquisadores de sua época; contudo, escavações levadas a cabo desde 1987 confirmam a identificação.

O Período Bíblico
As escavações revelaram que o povoado de Betsaida foi fundado no século X a.E.C., durante o período bíblico. Naquela época, as áreas ao norte e a leste do Mar da Galiléia eram parte do reinado arameu de Gueshur. Sua família real, que governou por várias gerações, tinha parentesco por casamentos com a dinastia de David. O Rei David casou-se com Maacha, filha do Rei de Gueshur; ela era a mãe de Absalão, que mais tarde se refugiou na Terra de Gueshur (II Samuel 3:3; 14:32). Escavações arqueológicas realizadas no local revelaram formidáveis estruturas e fortificações; por isso os escavadores supõem que durante este período Betsaida foi a capital do Reino de Gueshur e moradia de seus monarcas.

A cidade era dividida em duas partes: uma cidade baixa, estendendo-se sobre quase todo o outeiro; e a cidade alta - acrópole - na parte superior, no nordeste do outeiro. Durante o século IX a.E.C., a acrópole era cercada por uma muralha maciça e fortificada, construída com grandes pedras basálticas, dotada de um portão. Esta muralha de 6 m de espessura, juntamente com os contrafortes que se projetavam dos dois lados, atingia uma espessura de 8 m.

A entrada da cidade, descoberta no lado oriental do tel, consistia de um portão interno e outro externo. O portão externo incluía uma passagem entre duas torres maciças; até agora, apenas a torre ocidental, que mede 10 x 8 m, foi escavada. No portão interno havia uma calçada de 30 m de comprimento, pavimentada com pedras chatas de basalto, que conduzia à portaria de quatro salas, típica deste período, medindo 35 x 17,5 m. Ela está preservada até a impressionante altura de 3 m. Este é o maior portão de uma cidade do período bíblico jamais escavado em Israel. É construído de grandes pedras de basalto, algumas das quais levemente desbastadas, arrumadas em fileiras. Sobre a estrutura de pedra erguia-se uma super-estrutura de tijolos, sendo ambas inteiramente revestidas de gesso leve. Duas enormes torres salientes, de 10 x 6 m cada uma, protegiam a entrada ao portão. A soleira consistia de grandes pedras de basalto com depressões que serviam de cavidades para as dobradiças.

Os tijolos queimados, a pilha de madeira carbonizada e as pontas de flechas constituem uma vívida evidência da batalha aqui travada por ocasião da conquista da cidade, e da conflagração que destruiu a portaria.

Um aspecto singular dos portões de Betsaida é a variedade de instalações de culto em frente ao portão interno. Foi encontrado um "altar de porta" (bamá) inteiro, medindo 2,1 x 1,6 m, construído de pedras basálticas revestidas de gesso fino. Dois degraus conduziam ao topo da bamá, que possuía uma pia de pedra encaixada, de 35 cm de profundidade, medindo 60 x 50 cm. Um monólito de basalto que no passado estava colocado por trás da bamá foi encontrado quebrado sobre ela. O monólito, de 1,15 m de altura, 59 cm de largura e 31 cm de espessura, fora cuidadosamente modelado, e sua parte superior estava arredondada. Sobre sua parte dianteira estava gravada a figura estilizada de um touro com chifres, armado com uma adaga. No panteão da Mesopotâmia, o touro representa o deus da lua. Ele foi adotado pelos arameus como símbolo de sua divindade principal, Haddad, identificado como a figura representada neste monólito.

No lado de dentro do portão interno ficava uma esplanada ampla e pavimentada. Em seu lado setentrional situava-se o palácio dos reis que media 28 x 15 m, com muralhas de basalto de 1,4 m de espessura. O conjunto de Betsaida é um exemplo típico dos palácios dos reis arameus durante o período bíblico; havia nele um salão central que servia de sala do trono, cercado por oito aposentos. A cidade aramaica de Betsaida foi conquistada e destruída pelo rei assírio Teglate-falasar III durante sua campanha na região, em 734 a. E.C. (II Reis 15:29-30; 16:7-9). Entre a época da destruição e o período helenístico, a localidade foi escassamente habitada.

Os Períodos Helenístico e Romano

A importância de Betsaida durante o período helenístico-romano é evidenciada pelas referências em fontes antigas. Flávio Josefo afirma que o Rei Herodes Felipe, cujo reinado incluía a parte setentrional do país, mudou o nome da cidade no início do século I E.C. para Julias, em homenagem a Júlia Lívia, esposa do imperador romano Augusto, concedendo-lhe direitos municipais (Antigüidades 104, 18, 28). Ainda segundo Josefo, Felipe morreu nesta cidade, sendo nela enterrado com grande pompa (Antigüidades 104, 18, 108).
Várias casas-pátio datando deste período foram descobertas nas escavações. Construídas de basalto e sendo, provavelmente, de dois pavimentos, elas constituíam-se de um pátio descoberto, pavimentado, em torno do qual havia vários cômodos. Vários artefatos de pesca - pesos de chumbo para redes, âncoras de ferro, agulhas e anzóis - foram encontrados nas casas, atestando que a economia se baseava na pesca. Numa das casas havia uma adega, na qual encontraram-se ânforas de cerâmica para vinho e várias podadeiras de parreiras.

No início do século I E.C. foi construído um edifício de paredes particularmente espessas, medindo 20 x 6 m, sobre os remanescentes do portão da cidade do período bíblico. Foram encontrados apenas alguns poucos fragmentos das fundações. Pedras calcárias de cantaria, trazidas de grande distância, e fragmentos de elementos arquitetônicos decorados sugerem a elegância deste edifício. Vasos rituais, inclusive dois queimadores de incenso de bronze decorado, indicam que o local funcionava como um templo. Talvez estes sejam os remanescentes do templo que o Rei Felipe construiu em homenagem a Júlia Lívia.

As escavações no local ainda prosseguem. Presume-se que outros achados de períodos de povoamento aguardam as pás dos arqueólogos. Neste meio termo, o sítio foi aberto aos visitantes.
As escavações em Betsaida são conduzidas por R. Arav em nome do Consórcio de Escavações de Betsaida, sob a direção da Universidade de Nebraska.

Utilização da saliva de Jesus nos doentes

Este é o segundo milagre relatado no Evangelho em que Jesus utiliza sua saliva. Em Marcos 7:31-37 Ele retira um surdo mudo da multidão, molha a língua do mudo com cuspe e em oração a Deus diz: Efatá, isto é, Abre-te, o homem fica totalmente curado.

“E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis.
E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.
E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.
E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te.
E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.
E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.
E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e talar os mudos.”
Marcos 7:31-37

O Cego em Betsaida

Era um homem totalmente dependente de favores para viver. Era conduzido por vontade alheia em: corpo, pensamento e espírito. Tinha auto-estima baixa e estagnação de situação.
Homens Como árvores

Árvores dão frutos e sombra e o cego dependia desses elementos para sobreviver. Encostava-se nas árvores (homens) e alimentava-se deles, vivia à sombra deles. Essa relação era desumana porque o cego se anulava em prol dos favores (frutos e sombra) dos homens (árvores). Essa visão da vida e de relacionamento precisava ser mudada, aquela aldeia – verdadeira floresta para o cego – deveria ser deixada para trás. Nova vida, nova visão.

A Bíblia também relaciona árvores com:

·         Nações: Israel é a Figueira Lc 13:6, 21:29, Mt 24:32-33

“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando;
E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?
E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.”
Lucas 13:6-9

“E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores;
Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão.
Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.
Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.
Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.”
Lucas 21:29-33

·        Figueira

As figueiras, também conhecidas como fícus, são plantas, geralmente árvores, do gênero Ficus, da família Moraceae. Há cerca de 755 espécies de figueiras no mundo, especialmente em regiões de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O gênero Ficus é um dos maiores do Reino Vegetal.
As figueiras ocorrem em todos os continentes, com exceção da Antártica.

A figueira do figo comestível (Ficus carica) é a primeira planta descrita na Bíblia, quando Adão se veste com suas folhas, ao notar que está nu. A origem da espécie parece ser do Oriente Médio.

O figo comestível era cultivado em todas as civilizações do Mediterrâneo na antigüidade, incluindo os povos egípcios, judeus, gregos e romanos. O figo comestível tinha a vantagem de poder ser secado e se manter adequado à alimentação durante meses. Para atravessar o deserto, os povos antigos do Oriente Médio e norte da África utilizavam frutas secas, entre elas o figo, ricas em nutrientes e fáceis de conservar.

Como as espécies ocorrem nos continentes americano, africano, asiático, na Europa e na Oceania existem várias tradições culturais dos povos destes continentes, incluindo tradições religiosas, que tratam de figueiras.

O figo é considerado um fruto sagrado para os judeus. Ele faz parte dos sete alimentos que crescem na Terra Prometida, segundo a Torá (Deut. 8), o Antigo Testamento dos cristãos. São eles: trigo, cevada, uva, figo, romã, oliva e tâmara (representando o mel).

Para os budistas, a figueira Ficus religiosa é venerada pois, debaixo de uma delas, Buda teria alcançado a sua revelação religiosa.

Na Grécia antiga, o figo era considerado um importante alimento e a sua exportação era proibida.
A descoberta, por arqueólogos israelenses, de que o figo já era cultivado na Cisjordânia há 11 400 anos demonstra que, desde o neolítico, o figo é ingrediente importante no farnel de muitas civilizações, especialmente o figo seco, pois era conservado e armazenado para consumo em épocas adversas, como o inverno.

No Egito antigo, o figo era o alimento usado para a engorda do ganso para a produção do foie gras (o fígado de ganso gordo). Ainda no Egito, ele era também utilizado no preparo de pães artísticos, acrescentados à massa. Na Roma antiga, a técnica de engorda do ganso foi introduzida por Marcus Gavius Apicius (gastrónomo romano do séc. I d.C.). Ao lado do queijo e da cevada, o figo tinha um papel de destaque na Grécia antiga, principalmente em Esparta.

Os maias e os astecas utilizavam a casca de figueiras nativas da região para produzir o papel utilizado nos seus livros sagrados.

·         Homens: Tg 3:12- Jó 14:7 -Mt 7:17

“Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.”
Tiago 3:12
“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.
Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó,
Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta.”
Jó 14:7-9
·         Língua: Pv 15:4
“Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.
A língua benigna é árvore de vida, mas a perversidade nela deprime o espírito.”
Provérbios 15:3-4

·         Vida Eterna: Ap 2:7

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.”
Apocalipse 2:7
·         Reinos: Is 2:13 - Ez 31:3
“Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;
E contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã;”
Isaías 2:12-13
“Eis que a Assíria era um cedro no Líbano, de ramos formosos, de sombrosa ramagem e de alta estatura, e a sua copa estava entre os ramos espessos.”
Ezequiel 31:3

·        Cedro do Líbano
Cedrus libani, conhecido pelas designações vernáculas de cedro-do-líbano é uma árvore conífera, majestosa, nativa das montanhas da região mediterrânica, no Líbano, Síria Ocidental, Turquia centro-meridional e Chipre. Algumas variedades consideradas como espécies distintas por alguns autores ocorrem a sudoeste da Turquia e nas montanhas do norte de Marrocos e da Argélia, no noroeste africano. São elas:

Cedrus libani var. libani (cedro-do-líbano propriamente dito): Líbano, Síria ocidental e Turquia centro-meridional.
Cedrus libani var. stenocoma (Cedro-da-turquia): sudoeste da Turquia;
Cedrus libani var. brevifolia (Cedro-do-chipre): Chipre
Cedrus libani var. atlantica (Cedro-do-atlas: Cedrus atlantica): Atlas e Rife (Marrocos e Argélia).

No Líbano e na Turquia é abundante principalmente a altitudes entre os mil e dois mil metros, onde constitui florestas puras ou mistas com abetos-da-cilícia (Abies cilicica), pinheiro-larício (Pinus nigra) e várias espécies do género Juniperus. Em Chipre, ocorre entre os 1000 e os 1525 metros de altitude (atingindo o cume do monte Pafos), e nos montes Atlas dos 1300 aos 2200 metros de altitude, em florestas puras ou mistas com abetos-da-numídia (Abies numidica), zimbros, carvalhos e plátanos.

A árvore tem folhagem perene. Têm copa em forma de cone quando jovens e copa rasa com andares distintos quando na forma adulta. Os ramos são dimórficos: com pequenos (braquiblastos) e grandes (macroblastos) ramos. As folhas, com forma de agulhas espaçadas nos ramos maiores e em grupos de 15 a 45 folhas nos ramos menores. As folhas medem de 5 a 30 mm de comprimento, são quadrangulares em secção transversal, variando do verde para o glauco azul-esverdeado, com bandas estomáticas nas quatro faces.

Os estróbilos (pinhas) são produzidos geralmente de dois em dois anos, amadurecendo 12 meses após a polinização; os estróbilos maduros, no mês de Outubro, medem cerca de 8 a 11 cm de comprimento e 4 a 6 cm de diâmetro, são resinosos e abrem para dispersar as sementes aladas ao longo do inverno. As sementes medem cerca de 15 mm de comprimento e 6 mm de diâmetro, com uma asa triangular de 20 a 25 cm de comprimento. A primeira aparição dos estróbilos ocorre, em geral, quando a planta tem cerca de 20 a 40 anos. É uma árvore de grande longevidade, podendo viver durante séculos.

A variante conhecida como cedro-do-atlas (Cedrus atalntica (Endll.) Carr.), caracteriza-se pelos estróbilos subcilíndricos, de 5 a 8 cm de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro, folhas glaucas e rebentos pubescentes (com "pêlos"), distinguindo-se da variedade comum de cedro-do-líbano (sendo, por isso, considerada por alguns autores como uma espécie à parte) que apresenta rebentos glabros (sem "pêlos") e estróbilos com forma de barril, com 7 a 12 cm de comprimento por 4 a 8 cm de diâmetro.

Quanto ao clima o cedro do Líbano é pouco tolerante à sombra, por isso prefere as posições onde existe sol total (a árvores jovens podem crescer em sombra parcial, mas vão eventualmente necessitar de sol total para realizar o seu potencial), além do mais nasce naturalmente onde exista pequenos aguaceiros no verão, sendo também bastante tolerante à seca.

Relativamente aos solos, esta espécie necessita de uma boa drenagem, não suportando solos muito argilosos e não crescendo com sucesso em áreas onde a qualidade do solo é pobre (falta de nutrientes). Tem facilidade o seu crescimento e disseminação em terras ácidas e em solos finos sob pedra calcária.

História, uso e simbolismo

A importância do cedro-do-líbano em diversas civilizações clássicas compreende-se pela diversidade de usos possíveis. A sua madeira, homogénea e aromática, foi bastamente utilizada na antiguidade, pelos Fenícios, para construir as suas embarcações militares e comerciais, bem como para a construção de templos e habitação. Os Egípcios utilizavam a sua resina na prática da mumificação - encontram-se, de facto, vestígios da sua serradura nos túmulos dos Faraós. Papiros antigos comprovam a grande comercialização entre o Líbano e o Egito desta madeira de distinção. Era ainda costume queimar-se este tipo de cedro em diversas cerimónias solenes. Moisés aconselhava os sacerdotes judaicos a utilizarem a sua casca durante a circuncisão e no tratamento da lepra. De acordo com o Talmude, os Judeus queimavam madeira de cedro-do-líbano no Monte das Oliveiras para anunciar o início do ano novo. Vários reis da região, bem como de países distantes, procuravam a sua madeira para as suas construções civis ou religiosas - sendo o caso mais famoso o da construção do Templo de Salomão em Jerusalém, bem como os Palácios de David e Salomão. A árvore é, aliás, mencionada 75 vezes na Bíblia. Foi ainda utilizada frequentemente pelos Romanos, Gregos, Assírios e Babilónios.

É o símbolo nacional do Líbano, onde é ostentado na bandeira nacional. Foi ainda o símbolo da Revolução dos cedros, além de ser adoptado como insígnia de diversos partidos políticos do Líbano.

Como resultado da sua exploração constante ao longo da história, poucas árvores antigas restam no Líbano, o que justificou a implementação de um programa ambiental para a conservação e regeneração das suas florestas. O plantio extensivo tem também sido levado a cabo na Turquia, onde cerca de 30 000 ha de cedros são plantados anualmente.

É uma árvore ornamental bastante comum por todo o mundo, em parques, jardins e avenidas. No sul de França existem várias plantações, principalmente da variante atlantica, para a produção de madeira.

Jesus o Fez olhar Para Cima

Ao olhar para cima o cego foi totalmente restaurado. Ele precisava entender que havia um Deus que o amava e que era poderoso para fazer muito por ele. Restaurado em auto-estima, corpo, pensamento e espírito. Do alto viria à direção para a vida, o socorro e toda provisão.

Viu Cada Homem Claramente

A partir de então, os homens já não seriam árvores, ele não dependeria mais deles para sobreviver. Homens seriam homens. Iguais a ele, nem melhores nem piores. O ex-cego ganhara uma nova visão do mundo.

Jesus mandou-o de volta para casa

Os relacionamentos familiares também foram restaurados. O ministério dele começaria em casa, a partir de então o lar deveria ser sua prioridade, não a aldeia nem a velha e miserável vida.

Milagre em etapas

Jesus poderia curar o cego de uma só vez, com um só toque, mas teve Seus motivos para não o fazer. Preferiu despertar a fé do homem, conduzindo-o a entender o porquê da cura e a mensagem do Reino. Jesus passou tempo com ele, conversou, tocou não apenas seus olhos, mas seu coração. As mãos, não a saliva completaram o milagre. É claro que tudo em Jesus é divino – saliva e mãos – mas aqui há uma simbologia: Não bastava ao homem vê somente, era necessário que o velho homem fosse impactado até dar lugar ao novo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O PLANO DA SALVAÇÃO



“Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.)

Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.)

Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.

Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

Romanos 10:6-13

Paulo faz uma alegoria a respeito da doutrina da Salvação “Solterologia” discutindo o texto de Deuteronômio 30. 11-20 onde Moisés expõe ao povo de Israel:

·         Que caminho deve escolher e quais são, quais são suas consequências e qual é a vontade perfeita de Deus.
Antes de começar a estudar esse texto reflitamos nessas hipóteses como se nunca conhecêssemos a palavra de Deus e portamos como o povo de Israel no A. T. e o nosso meio hoje, de modo que possamos responder a essas perguntas:

O que é a salvação? O porquê de ser salvo e como manter-se salvo?

Vejamos o texto de Deuteronômio:

 “Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti.” Deuteronômio 30:11

·         A lei de Deus não esta longe de nós, isto significa que possuímos em nós o livre acesso consciente a obedecer os mandamentos de Deus ninguém esta isento da salvação;

“Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires.” Deuteronômio 30:14

·         Moisés refere-se a uma lei que não esta escrita em tábuas de pedras, mas no coração de carne do homem, porem isto só acessível se ouvires a voz de Deus, veja versículo 10:

Quando deres ouvidos à voz do SENHOR teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste livro da lei, quando te converteres ao SENHOR teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma.”  Deuteronômio 30:10

Talvez seja por isso que Paulo em sua carta aos Romanos 10:8 diz que a Palavra esta junto de nós, pois a ouvimos! E se ouvimos compreendemos o amor de Deus. Quando o profeta Isaias no capitulo 53 diz a respeito do povo de Israel como Cordeiro mudo para o que povo entendesse o sacrifico, assemelhando Israel como povo que desprezou a palavra de Deus, e por isso seria sacrificado como cordeiro, de antemão vemos também hoje ao lermos o mesmo capitulo que o cordeiro era Cristo!  De forma que a Salvação é atemporal e planejada a todo ser humano.

“Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal;
Deuteronômio 30:15

Dantes já conhecíamos o Mal, pois o sistema mundano em consequência do pecado já esta fadado, mas agora vemos...

“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”1 Coríntios 13:12

Não estamos mais ignorantes a cerca do plano salvífico de Deus, conhecemos o bem e o mal.
Visto que conhecemos a Palavra, somos aptos a entender o plano da salvação, desta forma observamos os pilares desse plano.
·         Assim a salvação é definida como:

Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida, no caráter, de todas pessoa que pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único salvador pessoal (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5). Observe as afirmações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).
Quais deve ser os passos normais de uma vida salva:

1)      Regeneração espiritual; (é o ato interior da conversão)
2)      Plenitude do Espírito Santo;
3)      Maturidade Espiritual;
4)      Dedicação ao Senhor no seu trabalho;

É tudo que Jesus ensinou e realizou para levar uma raça pecadora a comunhão com um Deus Santo. Trata-se da redenção do ser humano do poder do pecado (1 Pe 1.18,19). É ainda, a libertação do cativeiro espiritual (Rm 8,2). É a saída do pecador dentre o poder das trevas do pecado (Cl 1.13). E finalmente, é o retorno do exilio espiritual do pecador para Deus (Ef 2.13).

Regeneração (tem a ver com a natureza do pecador) ≠ Justificação (tem a ver com o pecado do pecador).

Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.

“E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.”  Tiago 2:22-23

Victor Hugo M. Danelichen
Cuiabá, dia 02/03/2012

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A IGREJA COMO A NOIVA DE CRISTO


Tópicos:
A igreja como noiva de Cristo
Jesus como noivo
Bodas do Cordeiro
Preparação para as Bodas
A vinda do noivo
Celebração do Casamento nos Tempos de Cristo
Consumação do Casamento

1.      Contexto histórico (Igreja de Corinto)

Autor: Paulo, Tema: Problemas na igreja e soluções, Data: 55/56 d. C.
Cidade: Corinto

A metrópole grega de maior destaque nos tempos de Paulo, juntamente com Prisca e Áquila (16:19) e com sua própria equipe apostólica (At 18:5), Paulo fundou a igreja de Corinto, durante seu ministério de 18 meses ali, na sua segunda viagem missionária (At 18.1-17). A igreja era composta de alguns judeus, sendo sua maioria constituída de gentios convertidos do paganismo. Depois da partida de Paulo surgiram vários problemas na jovem igreja, que requereram sua autoridade e doutrina apostólica, por cartas e visitas pessoais. A primeira epistola de Coríntios foi escrita durante seu ministério de três anos em Éfeso (At 20.31) na sua 3º viagem missionária (At 18.23-21.16). Paulo soube em Éfeso dos problemas de Corinto (1.11); depois uma delegação da congregação em Corinto (16.17) entregou uma carta a Paulo, em que lhe pediam instruções sobre vários assuntos (7.1; cf. 8.1; 12.1; 16.1). Paulo escreveu esta epístola tendo em vista os informes ouvidos e correspondência recebidas daquela igreja.       
 
2.      Interpretação bíblica

2º Coríntios 11:1-4
1 - Quisera eu me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda.
2 - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
3 - Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
4 - Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.

3.      Estudos dos versículos

1 – Paulo preocupado com a situação da igreja, preocupação como de um pastor pelas suas ovelhas, ele insiste que os coríntios dê-lhe ouvidos e exprime sua responsabilidade de pai na fé, bradando o que esta em seu coração “Suportai-me, mais um pouco...” como dizendo ouça o Espírito de Deus mais uma vez!

 Gênesis 4:6-7

Então o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste? e por que está descaído o teu semblante?
Porventura se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? e se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves dominar.

Da mesma maneira Deus conhece o poder de Satanás e suas tentações, sabendo que o pecado é constante e persistente, mas também conhece o ser o humano e sua graça para o sustentar e o ajudar a vencer, Caim como a igreja de Corinto (nós hoje) pode vencer o pecado resistindo e buscando a graça de Deus. “Sobre ti será o seu desejo...” podemos assim cair de uma vez no erro entregando as concupiscências da carne ou optar pela obediência ao Senhor, e fazendo a sua perfeita vontade que é a melhor para nós.

2 –Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.”

Paulo nos declara como uma “virgem pura ao seu marido” isso nos simboliza a pureza espiritual e material (carne) como filhos de Deus, somos santificados pelo sangue de Jesus, somos preparados para um futuro casamento (bodas do Cordeiro) isso significa que não podemos corromper com este mundo e se prostituir, por isso a linguagem bíblica nos alude a uma noiva, pois somos preparados perante o pai Deus para ser entregue a seu noivo Jesus, estamos assim no período Pré-Nupcial.

O CASAMENTO NOS TEMPOS BÍBLICOS
O casamento, um dos temas mais evocados na Bíblia é utilizado para ilustrar muitas verdades espirituais nela contidas. Como regra geral, um casamento nos tempos bíblicos era arranjado pelos pais ou familiares do jovem casal. O pai geralmente estabelecia os planos para o futuro de seu filho e procurava uma jovem dentro de sua própria família para lhe ser por esposa (casamento entre primos era muito comum, como no caso de Isaque e Rebeca, e de Jacó, Lia e Raquel).  Nos dias de “Yeshua” [Jesus], um jovem rapaz usualmente se casava com cerca de 18 anos de idade, e uma moça logo que atingia a puberdade, com a idade de 12 a13 anos.
O pedido de casamento e os arranjos necessários para a cerimônia eram feitos por um representante da família do noivo (para o casamento de Isaque, Eliezer, servo de Abraão, funcionou como o agente casamenteiro). Nos dias da Bïrit Hadash  [Novo Testamento], o "amigo do noivo" se ocupava desta função, ver João 3:29.
O jovem pretendente deveria pagar um dote à família da noiva. Na Torá  [Pentateuco], esse dote era estipulado em 50 siclos de prata (ver Êxodo 22:16-17 e Deuteronômio 22:29). Essa soma pertencia à noiva e servia como um tipo de seguro financeiro em caso de morte do Esposo ou de divórcio. Com o tempo, se tornou um costume amarrar em círculos, ou semicírculos, moedas pagas no dote e usá-las como enfeite de cabelo nas mulheres casadas.
Essas moedas se tornaram um símbolo do casamento semelhante hoje à aliança, ou anel, de casamento. A perda de alguma destas moedas seria motivo de grande preocupação, como o ilustrou “Yeshua” [Jesus] na parábola da mulher que perdeu uma dracma em Lucas 15:8-10.
Se o noivo não tinha como pagar a soma em dinheiro poderia, então, conseguir o dote trabalhando para o pai da moça (como Jacó e Moisés que trabalharam para seus respectivos sogros), ou realizando algum feito extraordinário a pedido do sogro (Otoniel conquistou uma cidade para casar-se com a filha de Calebe, Davi teve de vencer e matar cem filisteus para casar-se com Mical, filha de Saul). Era costume também o pai da jovem dar algum presente à filha que se casava (servos, terra, etc.), aumentando o valor que ela recebia com o dote.
A cerimônia de casamento começava oficialmente com o noivado.  O noivado tinha o valor de compromisso totalmente assumido, e o noivo só poderia deixar sua noiva através de um divórcio formal.  Ambos já se referiam um ao outro como marido e mulher, ainda que o casamento não tivesse sido consumado.  Uma jovem que fosse infiel ao noivo no período de noivado era considerada como uma adúltera, e sofria a pena imposta pela lei do cônjuge que adulterasse: a pena de morte (ver Deuteronômio 22:23-27). Se o noivo morresse antes da consumação do casamento, a noiva era considerada como uma viúva.  Por isto, um rapaz que estivesse comprometido em noivado era dispensado do serviço militar, assegurando-se assim que nenhuma calamidade de guerra pudesse impossibilitar a consumação do casamento.
O período de noivado durava cerca de 12 meses, e a jovem permanecia na casa dos seus pais preparando seu enxoval para o casamento, enquanto o rapaz ia preparar a futura casa onde eles morariam e fazer a provisão necessária para todo o cerimonial da festa.
Esse período de noivado e os costumes correspondentes ao mesmo esclarecem, por exemplo, a razão de Miriam [Maria] já  ser considerada esposa de “Yossef” [José] ainda que o casamento não tivesse se consumado, e o motivo de Yossef querer divorciar-se dela em segredo, a fim de que a acusação de adultério não fosse levantada contra Miriam (que na época
tinha a idade de uma adolescente).
Esse período de noivado e preparação para a cerimônia final do casamento é ricamente utilizado na Brït Hadash  [Novo Testamento] para representar o período entre a primeira e a segunda vinda de “Yeshua” [Jesus]. O Messias, o noivo, Sua Qehil  [Congregação], Seu povo, a noiva, e este noivado foi firmado na Sua primeira vinda.  Ele foi ao céu preparar o local, a casa, para onde levar  Sua noiva (João 14:1-3).  Seu povo, enquanto espera o Seu retorno, prepara o seu enxoval e se adorna com vestes brancas de justiça, com ouro da fé e boas obras, para o grande dia das Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7-9).
Para a cerimônia de bodas, a noiva literalmente se adornava como uma rainha. Ela se banhava, se vestia com as vestes mais finas que as posses de seus pais lhe permitiam, e seu cabelo era enfeitado com o maior número possível de pedras preciosas e enfeites de ouro que sua família podia comprar ou emprestar (ver Salmos 45:13-14; Isaías 61:10; Ezequiel 16:11-13).
Um grupo de jovens amigas, chamadas de "companheiras" ou "virgens", ajudavam-na a vestir-se e a se preparar para a festa.  O noivo também se vestia como um rei, se adornando o melhor e o mais ricamente possível (Isaías 61:10). Acompanhado de um grupo de jovens rapazes, seus "companheiros" ou "valentes", ele saía de sua casa e se dirigia à casa dos pais da noiva.
 Nos tempos de “Yeshua” [Jesus] a cerimônia era realizada à noite, e os companheiros do noivo levavam consigo tochas acesas para iluminar o caminho. Na casa da noiva, esta o esperava, e suas companheiras tinham lâmpadas de óleo acesas para acompanhá-la na procissão à casa dos nubentes onde ocorreria a festa. Ao aproximar-se o noivo, a noiva se cobria total mente com um véu a ser retirado somente após o casamento.
Na época de Jacó, o véu só era retirado após a primeira noite de núpcias, quando o casamento já  tinha se consumado.  Isto explica a razão de Jacó não saber que estava se casando com Lia em vez de Raquel (ver Gênesis 29:23-25). A noiva subia a uma liteira (estrutura de madeira com cadeiras no alto usadas para transportar pessoas de alta
posição social) e sentava-se ao lado do seu noivo, eles eram então transportados em procissão com muita música e alegria para o novo lar do casal (ver Cantares 3:6-11 e Mateus 25:1-13).
Uma vez na casa dos noivos, começava-se então a festa das bodas que se estendia por sete dias (Gênesis 29:27-28; Juizes 14:12; João 2:2-10). Os festejos ocupavam a maior parte do dia e uma parte da noite. O jovem casal se assentava sobre uma plataforma coberta, e durante os festejos os convidados traziam os seus presentes, as bênçãos de Deus [Deus] eram invocadas sobre os noivos, e o compromisso de uma aliança solene era assumido por eles diante de Deus e diante de todos os convivas (Ezequiel 16:8; Malaquias 2:14).
Nas famílias mais abastadas, os pais proviam uma "veste nupcial" especial para todos os convidados (Mateus 22:12). Esta imagem da cerimônia de bodas - vividamente utilizada na Bíblia para representar a segunda vinda de “Yeshua'' [Jesus] que, acompanhado dos anjos, vem buscar Sua noiva, Sua Qehil , para levá -la ao lar que Ele preparou.
Haverá  então uma grande festa de bodas à qual todos estão convidados a participar, e bem-aventurados são os que aceitarem e se vestirem com as vestes nupciais providas por Deus, a justiça do Messias, pois terão direito à vida eterna, habitarão para sempre na Nova Jerusalém e tomaram posse da Nova Terra restaurada por Deus (Mateus 22:1-14;Apocalipse 19-22).

3 – Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.”
Paulo fala a respeito a nossa natureza pecaminosa, da nossa disposição nata de consumar o pecado, e adverte os coríntios que enfrentavam o grave perigo de serem enganados por falsos pregadores e de aceitarem um evangelho distorcido (v.4). A acolherem os ensinos desses “obreiros fraudulentos” (v.13), afastava-se da sua devoção sincera a Cristo. Então Paulo teme, tem medo de que os corintos possam ceder a este tipo de apostasia e se entregar a uma heresia.

4 –Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.”
Paulo diz aqui a razão do sofrimento da igreja “com razão o sofrereis” expondo a realidade do falso evangelho inserido dentro das igrejas, o qual hoje não é diferente, a teologia da prosperidade, o determinismo, os falsos milagres, o Jesus que não existe, etc. Esses falsos ensinos geralmente envolvem a fé cristã num sincretismo de outras religiões e filosofias.
Resultam daí os seguintes erros:
a)      A suposta nova “revelação” é colocada no mesmo nível da autoridade que a revelação bíblica apostólica original;
b)      As escrituras ocupam um lugar secundário, e Cristo é colocado em lugar inferior em relação aos “santos”, ou fundadores de um movimento ou igreja;
c)      Os falsos mestres alegam ter uma compreensão mais profunda ou exclusiva das supostas “revelações ocultas” nas Escrituras.

 4.      Visão panorâmica da Bíblia sobre a igreja como a noiva de Cristo

ANALISANDO OUTROS VERSÍCULOS DA BÍBLIA DA IGREJA: A NOIVA DE CRISTO

João 15.16
“Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”

Não somos nós quem escolhemos com quem vamos nos casar, fazendo alusão as bodas do cordeiro, somos assim filhos de Deus (o pai da noiva) quem escolhe da linhagem real com quem devemos morar a eternidade, “mas eu vos escolhi a vós” Deus declaro por João o apostolo do amor sua eleição pelas almas. 

1 Pedro 1.18-19

“sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,...”

Jesus Cristo (o noivo) paga o dote não com bens materiais ou riquezas, mas sim com sua própria vida, o seu precioso sangue, um preço sem valor inestimável.

Mateus 26.25-29

“Judas, que o traiu, perguntou: Porventura sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
Tomando o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
porque este é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão de pecados.
Mas digo-vos que desta hora em diante não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber novo convosco no reino de meu Pai.”

Jesus beberá novamente o vinho junto com sua noiva nos céus na suas bodas, sua promessa ainda está de pé, está nos preparando o lugar para morar com ele, o vinho simboliza o sangue vertido, ressaltando uma antiga tradição judaica referindo a mesma taça que o noivo bebe no enxoval e depois de consumado o casamento como forma de compromisso firmado.

João 14.26 e versículo 1 (O consolador, a preocupação do coração)

“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.”
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.”
Jesus deixo uma garantia e nos trouxe o Consolador “Paracletos” (aquele que fica no lugar gr.) dele para nos consolar e nos ajudar a chegarmos as bodas, a grande festa, para isso nos adverte a não ficarmos preocupados e temorosos em não cumprir sua palavra, “não turbe o vosso coração...” nos faz firma a certeza da sua 2º vinda para buscar a sua noiva.

Mateus 24.36 (Não sabemos o momento das bodas)
“Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.”
A noiva deve estar sempre pronta para seu casamento, pois o noivo não nos avisou quando chegará, virá de surpresa, temos que estar sempre preparados, com nossas vestiduras lavadas e remidas no sangue do cordeiro, o crente sempre deve estar em santificação e busca por Deus, jejuando e orando para a consumação dos séculos.

 Apocalipse 22.14-15 (Quem não irá participar do casamento)

“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes {no sangue do Cordeiro} para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.”

A noiva deve estar sempre lavando as suas vestes, se purificando, rejeitando o mundo, e se consagrando, aqueles que não lavam suas vestes deixando assim manchadas não entraram nos céus, e serão riscados os nomes do livro da Vida. Aqueles que praticam a iniquidade e vivem uma vida de hipocrisia serão negados por Deus.

Efésios 5.25 (A entrega de Cristo a igreja)
“Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”

Cristo continua amando a sua igreja, pois sabe que o preço foi grande, a entrega do próprio filho de Deus para a consumação e salvação da humanidade é comparada ao modo de como o noivo deixo sua vida solitária para viver eternamente ao lado de sua esposa.

1 João 3.1-3 (A noiva deve ter esperança para ser como Cristo)

“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele.
Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos.
E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.”

Hebreus 12.14 (A noiva não deve trair seu conjugue)

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”
Mateus 5.8
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.”
Não deve deixar seu coração enganar a si mesmo, (Pv.28.26) insensato aquele que confia no seu coração, somente com o coração (alma) voltada a Cristo podemos ver a face do noivo.

1 Coríntios 15:52 (O pai dará ordem ao seu filho para encontrar sua noiva)
“num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.”
5.       
Consumação do Casamento

Mateus 25.1-13 (Parábola das dez virgens) 

Victor Hugo Danelichen

“Dedico a Deus o que escrevi"

Por favor, reproduza nossos conteúdos à vontade, mas dê os devidos créditos ao autor e ao blog http://cienciadedeus.blogspot.com.- Deus o(a) abençoe!

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